Soldado do Futuro – projeção para 2050: Inteligência Artificial, C4ISTAR e o Soldado Máquina para o futuro

Soldado do Futuro – projeção para 2050: Inteligência Artificial, C4ISTAR e o Soldado Máquina para o futuro

23/03/2020 0 Por Bernardo Guerra Lobão

De acordo com o Jornal Army times, aprimoramento do ouvido, olhos, cérebro e músculos é “tecnicamente viável até 2050”, porém atualmente já se vê grande avanço nesta tecnologia, de acordo com um estudo divulgado pelo Comando de Desenvolvimento de Capacidades de Combate do Exército dos EUA – U.S. Army’s Combat Capabilities Development Command.

A demanda por capacidades no estilo ‘ciborgue’ será impulsionada, em parte, pelo mercado civil de assistência médica, que acostumará as pessoas a um setor repleto de desafios éticos, legais e sociais, segundo pesquisadores do Departamento de Defesa. O mercado civil é o grande comprador de tecnologia previamente militar, como computadores, inteligência artificial, suportes logísticos.

A Inteligência Artificial, uma parte de uso operacional dentro da Revolução nos Assuntos Militares, cooperando com o C2, em conjuntura estratégica com C4ISTAR – Comando, controle, Comunicações, Computadores, Informação/Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento, coordenando GPSs com obuseiros, veículos não tripulados e comando a longa distância. A terceirização da guerra promove tecnologia em um complexo militar fora das bases e tomadas de decisão estratégicas dentro das academias.

A implementação da tecnologia nas forças armadas, no entanto, irá de encontro com as narrativas distópicas encontradas na ficção científica, entre outras questões, acrescentaram os pesquisadores.

O relatório – intitulado “Cyborg Soldier 2050: Human/Machine Fusion and the Implications for the Future of the DODhttps://madsciblog.tradoc.army.mil/193-cyborg-soldier-2050-human-machine-fusion-and-the-implications-for-the-future-of-the-dod/” – é o resultado de uma avaliação de um ano.

A projeção de uma ‘Skynet’ está para as próximas décadas em um mundo dependendo de robôs, não de falsos vídeos, mas operando junto às máquinas. Não é um T-800 ou um T-1000, mas cooperação entre inteligência artificial, projetos para logística junto a uso de forças táticas em campos de batalha. A questão é como uma AI pode ser auto-programada para entender o teatro de um campo de batalha, tomando suas próprias decisões e mudando suas táticas.

Este ta pesquisa identificou capacidades técnicas até 2050:

  • melhorias oculares na imagem, visão e consciência situacional;
  • restauração e controle muscular programado através de uma banda de sensores opto genéticos;
  • aprimoramento auditivo para comunicação e proteção; e
  • aprimoramento neural direto do cérebro humano para transferência de dados bidirecional.

 

O estudo sugeriu que aprimoramentos neurais diretos, em particular, poderiam revolucionar o combate.

Conflitos assimétricos e não lineares podem ser um salto para esta realidade. A questão é em quanto tempo o cenário de “O Exterminador do Futuro” será formado, como se fosse um desejo pela batalha dentro de uma teoria de segurança internacional e guerra perpétua pode ser mantida através de um pensamento Neocon, enquanto como geopolítica se torna um ponto rude do avanço tecnológico, os teóricos do caos dão um ponto de ignição no cenário de atrocidades, em que a paz perpétua só pode ser conquistada através de métodos antigos. Enquanto os robôs não estão lutando, empresas criam exoesqueletos e robôs mula para dar suporte.

“Esta tecnologia está prevista para facilitar a capacidade de leitura / gravação entre humanos e máquinas e entre humanos por meio de interações cérebro a cérebro”, diz um resumo executivo. “Essas interações permitiriam aos combatentes a comunicação direta com sistemas não tripulados e autônomos, assim como com outros seres humanos, para otimizar sistemas e operações de comando e controle”.

As tecnologias Ciborgue provavelmente também serão usadas na sociedade civil nos próximos 30 anos, observaram os pesquisadores.

O desenvolvimento dessas capacidades provavelmente “será impulsionado pela demanda civil” e “uma bio economia robusta que está em seus estágios iniciais de desenvolvimento no mercado global de hoje”, escreveu o grupo.

A ideia de um ciclo sem fim de um ouroboros é economicamente bom para uma elite globa, em que a guerra e explorada constantemente, alimentando o complexo industrial e movendo a economia mundial em um mercado lucrativo de crimes, guerra, combate ao terrorismo, exploração de pornografia e tráfico de pessoas.

Em uma análise heurística, a definição do cenário vai de encontro em um truque ou limite estratégico para a solução de um espaço físico ou virtual, sendo o último ilimitado dentro de nossos entendimentos, causando bifurcação. Comparando a indústria pornográfica com o cenário da indústria bélica, a heurística prevê soluções que monetizar canais promovendo Redtude ou Xvideos seria uma solução para a baixa na indústria pornográfica, similar a solução no complexo militar em que a robotização, terceirização ou privatização da guerra foi um ‘boom’ para a indústria militar.

Essa complexidade da guerra híbrida foi bem explorada de forma que não existem quase guerras totais, facilmente promovidas pelos acadêmicos da guerra, adotando a RAM com novos níveis de tecnologia e promovendo pequenas batalhas, explorando os recursos existentes e ganhando terreno, evocando os clássicos conforme dito anteriormente.

O grupo de estudo propôs sete recomendações, sem uma ordem específica, para os líderes do Pentágono considerarem:

  • As forças armadas devem dar uma segunda olhada na percepção global e social da ampliação homem-máquina. Os americanos normalmente imaginam a China ou a Rússia desenvolvendo tecnologias descontroladas por falta de preocupações éticas, mas “as atitudes de nossos adversários em relação a essas tecnologias nunca foram verificadas”, escreveram os pesquisadores.
  • Os líderes políticos dos EUA devem usar fóruns como a OTAN para discutir como os avanços dos ciborgues podem afetar a interoperabilidade entre as forças aliadas durante as operações.
  • O Pentágono deve começar a investir em estruturas legais, de segurança e éticas para antecipar tecnologias emergentes e se preparar melhor para seu impacto. Os líderes devem apoiar políticas que “protejam a privacidade individual, sustentem a segurança e gerenciem riscos pessoais e organizacionais, maximizando os benefícios definidos para os Estados Unidos e seus aliados e ativos”, escreveu o grupo de estudo.
  • Os líderes militares também devem trabalhar para reverter as “narrativas culturais negativas das tecnologias de aprimoramento”. Não é segredo que a representação de tecnologias ciborgues pela ficção científica gira em torno de futuros distópicos. A transparência na maneira como as forças armadas adotam essa tecnologia ajudará a aliviar as preocupações, enquanto capitaliza os benefícios, de acordo com o grupo de estudo.
  • O Pentágono deve usar jogos de guerra para medir o impacto das biotecnologias assimétricas nas táticas, técnicas e procedimentos. O pessoal do Departamento de Defesa pode apoiar isso por meio de avaliações de inteligência direcionadas do campo emergente.
  • É preferível uma abordagem de todo o país, e não do governo, às tecnologias de ciborgues. Tal como está, “os investimentos federais e comerciais nessas áreas são descoordenados e estão sendo superados pela pesquisa e desenvolvimento chineses”, escreveu o grupo de estudo. Se as empresas chinesas dominam o setor comercial, o setor de defesa dos EUA também estará em desvantagem.
  • Finalmente, as preocupações de segurança a longo prazo e o impacto dessas tecnologias nas pessoas devem ser monitorados de perto.

Junte-se ao nosso grupo exclusivo WhatsApp e tenha acesso a artigos, notícias e dicas sobre o universo da segurança.  ENTRAR NO GRUPO.

Assinar Newsletter Grátis