Segurança virtual atrai pouca atenção do varejo e dos pequenos escritórios
02/10/2016(Especialista propõe desfazer o estigma de “sofisticação” que afugenta comerciantes e escritórios, dificultando a popularização de centrais de segurança unificada fora da esfera dos especialistas)[wp_ad_camp_2]
A indústria de segurança cibernética e de redes de informação precisa rever urgentemente a sua apresentação ao mercado como se fosse um ramo mais sofisticado, totalmente distinto da segurança e do combate ao risco no mundo de “carne e osso”. Só assim os profissionais de tecnologia vão se fazer entender verdadeiramente pelas pessoas de negócios em áreas como varejo (confecções, lanchonetes, supermercados, farmácias, materiais de construção, escritórios de advocacia etc.
Esta avaliação é do especialista Rodrigo Fragola, CEO e cofundador da Aker Security Solutions, empresa que há 20 anos foi uma das primeiras a desenvolver tecnologia brasileira de segurança digital.
Na visão do executivo, que também integra a direção de entidades setoriais de segurança e defesa, o estigma de “virtual” atrapalha a compreensão real do problema da segurança e se tornou totalmente obsoleto, na medida em que os negócios (e a própria existência social) já não permitem estabelecer a barreira entre físico e digital.
“No âmbito militar, e nas comunidades mais evoluídas de especialistas em segurança, já não há lugar para esta dualidade conceitual, mas muitas empresas ainda insistem em adotá-la em sua comunicação com o público”, prossegue Fragola.
Para exemplificar o raciocínio, o especialista menciona a inclusão da estratégia cibernética como um item indissociável da atual doutrina de guerra dos exércitos nacionais.
Ele cita também as recomendações de instituições de classe como a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que adota para a blindagem física dos bancos e caixas automáticas uma única abordagem, também abrangendo as vulnerabilidades de software, equipamentos de informática e até das redes elétricas e dos corredores das agências.
“Precisamos levar para setores mais popularizados, como o varejo, as transportadoras, escolas e escritórios esta mesma visão unificada, hoje já verificável em setores empresariais que dispõem de serviços de inteligência ou segurança especializada”, continua ele.
As câmeras biométricas são virtuais ou físicas?
Segundo informações do setor lojista, embora a área de varejo venha investindo fortemente em itens de segurança eletrônica – e em grande parte inteligente – como câmeras biométricas, analisadores de tráfego de pessoas e etiquetas monitoradas por rádio frequência, ainda é visível a resistência do comerciante, quando o assunto é investir em segurança associada a tópicos como o ataque de hackers e o acesso a dados proibidos por parte de funcionários.
É para segmentos desse tipo que a Aker está desenvolvendo uma nova abordagem de mercado, visando apresentar suas centrais de gerenciamento de segurança digital (tecnicamente classificadas como “Firewall UTM) como um item tão indispensável (e tão realista) como as catracas eletrônicas ou sensores de presença usados em áreas restritas.
Para não ficar só no discurso, a Aker estudou o poder de investimento desses nichos (redes com grande número de pequenas filais, ou PMEs sem estrutura específica de segurança de TI) e definiu um padrão “price point” compatível com a janela existente.
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A partir dessas definições, a empresa acionou sua área de projetos e desenvolveu o Aker Minibox 137, uma versão otimizada de sua tradicional central UTM (normalmente empregada por empresas maiores e órgãos de governo) contando com um rol de recursos e facilidades ideal para tais empresas.
“Descobrimos que o mercado de PMEs e de redes varejistas está sensível ao discurso da segurança integral, mas precisava de uma oferta na faixa de preço abaixo de R$ 2 mil, ou cerca de 50% abaixo do tradicional preço de partida. Outro ponto detectado é a exigência de baixos requerimentos de especialização e aprendizado. Tentamos fazer do Minibox 137 um dispositivo popular e prático, assim como são as câmeras inteligentes, hoje quase tão disseminadas quanto lâmpadas em lojas, farmácias e supermercados”, conclui Rodrigo Fragola.
O Aker Firewall UTM concentra todas as necessidades de segurança e permite monitorar não só os itens de TI, mas todos os itens eletrônicos conectados na rede, como alarmes, coletores de dados, caixas, câmeras ETC. A empresa é uma das poucas na América Latina com produtos na categoria Firewall UTM arrolados no chamado “Quadrante Mágico” da empresa norte-americana Gartner.
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