Queda nos assassinatos no Brasil no primeiro trimestre de 2023 aponta avanços na segurança

Queda nos assassinatos no Brasil no primeiro trimestre de 2023 aponta avanços na segurança

29/06/2023 0 Por Editorial Folha da Segurança

No primeiro trimestre de 2023, o Brasil registrou uma queda de 0,7% no número de assassinatos em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base em dados oficiais de 26 estados e do Distrito Federal. Foram contabilizadas 10,2 mil mortes violentas nos primeiros três meses deste ano, em comparação com 10,3 mil no mesmo período de 2022.

Essa redução segue a tendência apresentada em 2022, quando o país registrou uma baixa de 1% no número de mortes violentas intencionais. Esse foi o menor número de mortes da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pelo segundo ano consecutivo.

Especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) apontam diversos fatores que podem explicar essa diminuição. Entre eles, estão as mudanças na dinâmica do mercado de drogas, o maior controle e influência dos governos sobre os criminosos, o apaziguamento de conflitos entre facções, as políticas públicas de segurança e sociais e a redução do número de jovens na população.

Os dados do primeiro trimestre de 2023 mostram que 14 estados tiveram aumento nas mortes, enquanto outros 13 apresentaram queda nos registros. Roraima teve a maior queda, com uma redução de 23,8%, enquanto o Amapá registrou o maior aumento, com 87%. Todas as regiões do país tiveram queda nos assassinatos, com exceção do Sudeste.

No entanto, um ponto de alerta foi identificado no Sudeste, onde houve um aumento de 8,7% no número de assassinatos no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Todos os estados da região apresentaram alta, com destaque para o Rio de Janeiro, que teve quase 16% a mais de mortes no período.

Especialistas apontam que esse aumento no Sudeste está relacionado a uma nova guerra por território entre uma facção criminosa e milicianos no Rio de Janeiro. Segundo o diretor-presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima, o momento é de confronto. A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio também atribuiu o aumento à disputa territorial entre grupos criminosos rivais.

Além do Sudeste, o Amapá também registrou um aumento de violência no primeiro trimestre de 2023, com um aumento de 87% no número de mortes em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse estado também foi um dos destaques positivos de 2022, com a maior queda no número de assassinatos no país. No entanto, a dinâmica do crime organizado na região, com disputas entre facções, influencia diretamente os índices de violência.

Apesar desses aumentos pontuais, a tendência geral no país é de queda nos índices de assassinatos. Os especialistas destacam que essa diminuição está

relacionada a fatores como a mudança na dinâmica do mercado de drogas, o fortalecimento das políticas públicas de segurança, ações de prevenção da violência, investimentos em educação e oportunidades para os jovens, além do maior controle e influência do governo sobre os grupos criminosos.

Outro fator que contribui para a redução dos assassinatos é o apaziguamento de conflitos entre facções criminosas. Confrontos territoriais entre grupos rivais têm diminuído em algumas regiões, o que resulta em menor incidência de homicídios relacionados a disputas por controle de território.

Além disso, a redução no número de jovens na população também é um fator que impacta nos índices de violência. O envelhecimento da população pode influenciar na diminuição das taxas de homicídios, já que os jovens costumam estar mais envolvidos em atividades criminosas.

Apesar da queda geral nos índices de assassinatos, é importante ressaltar que alguns estados e regiões ainda enfrentam desafios significativos. O aumento de 8,7% no número de assassinatos no Sudeste, principalmente no Rio de Janeiro, é um ponto de preocupação. Esse aumento está associado a uma guerra territorial entre uma facção criminosa e milicianos na região.

No Amapá, também houve um aumento acentuado no número de mortes violentas, o que indica que a dinâmica do crime organizado na região está influenciando os índices de violência.

Para lidar com esses desafios, é fundamental que as autoridades continuem investindo em políticas de segurança, fortalecendo o combate ao crime organizado, promovendo ações de prevenção da violência e garantindo a efetividade do sistema de justiça criminal.

O Brasil registrou uma queda no número de assassinatos nos primeiros três meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa redução é resultado de diversos fatores, como mudanças na dinâmica do mercado de drogas, fortalecimento das políticas de segurança, diminuição de conflitos entre facções, além do envelhecimento da população. No entanto, ainda existem desafios em algumas regiões, como o aumento da violência no Sudeste e no Amapá, que requerem atenção e ações específicas das autoridades.

Junte-se ao nosso grupo exclusivo WhatsApp e tenha acesso a artigos, notícias e dicas sobre o universo da segurança.  ENTRAR NO GRUPO.