PsyOps, Proxy e Guerra Híbrida – Cenário Ucrânia

 A guerra na Ucrânia é uma proxy entre OTAN-EUA e Rússia

O complexo de batalha sempre foi irregular e com elementos híbridos, desde a antiguidade as guerras exploraram as fraquezas e capacidade tecnológica dos adversários.

Fato é que, evocar a guerra Clausewitziana no atual contexto é algo improvável de se manter por mais de alguns meses.

A guerra é um fenômeno complexo na sua essência, desde sempre a logística, tecnologia, novas táticas, e atualmente continua sendo fator decisivo para qualquer líder estadista manter-se firme diante de tal complexidade e dinamismo.

“Ucrânia é um caldeirão, é um berço de libertarianismo de todos os aspectos com uma particularidade vingativa da U.R.S.S”

Os meios tradicionais de guerra substituídos pela teoria da Surrogate Warfare, e o ambiente Híbrido, leva a guerra a um desgaste muito mais rápido do que a guerra tradicional, instrumento de poderio Russo de tanta beleza e destreza.

Facto: a guerra substituição desgasta muito pois atores não estatais, tal qual os civis, milícias, gangues e grupos obscuros são utilizados diante do combate, a guerra perde-se então nos pontos em que a jus ad bellum atua, focando – de fato – no caos total.

Facto: A OTAN quer desestabilizar o comando Eurasiano pela Rússia e – evocando a tradição geopolítica clássica – sitiar a Heartland, vindo de uma potência predominantemente marítima – com duas forças navais – contra uma superpotência terrestre.

Facto: a Guerra econômica é fator predominante para o aspecto psicossocial da guerra. A guerra psicológica se faz mais do que presente – tal qual a Rússia explora perfeitamente o controle de mídia e fake news, atuando como na Macedônia e Bielorrússia, como fator chave para decisões majoritárias – inclusive o reforço do estado policial legal e legítimo.

De acordo com o FM3-05-130, 3-76 . ‘Como’ e ‘O Que’ a mídia reporta deve ter uso efetivo político e de apoio público para os objetivos militares. Os comandantes devem entender e trabalhar continuamente com a mídia para ganhar e manter vantagens em um ambiente de informação.

Guerra na Ucrânia – Exploração da Rússia em Guerra Psicológica

Com a exploração da Rússia em Guerra Psicológica, a mídia toda se concentra em desmistificar as operações, atuando em onde é e onde não é fake news, inclusive com grupos de hackers atuando para criar cenário possível para averiguação de informações, comando, controle, comunicação computação e inteligência (C4I).

No cenário de guerra não convencional, de acordo com o FM3-05-130, 6,37, após uma operação bem sucedida de Guerra Não-Convencional, os militares devem expandir quaisquer operações psicológicas de nível militar que eles utilizaram durante as primeiras fases da guerra. As realidades sócio-políticas no país devem fazer a operação psicológica impossível, inclusive maquiar propaganda governamental aos excessos ou violações de direitos civis.

“OTAN não quer bater de frente no aspecto militar. Fica atuando dentro da perspectiva de guerra psicológica”

Facto: a OTAN não quer bater de frente no aspecto militar. Fica atuando dentro da perspectiva de guerra psicológica e se eximiu em suas operações, direcionando a responsabilidade para cada país. Os EUA estão na espreita de um objetivo concreto diante da guerra.

Guerra Econômica (Guerra na Ucrânia)

A guerra está à frente de quaisquer jogadas de imperialismo, senão de uma hegemonia de facto local, assim como existe o discurso contra, existe o discurso a favor da guerra. Na guerra econômica, sitiar a Rússia fará com que sua população perca o poder de compra e em breve inicie o surgimento de insurreições. Assim, as demandas internas somadas ao cenário externo podem levar a Rússia ao colapso. Diante de duas hegemonias como China e EUA, a Rússia pode ruir seu sistema financeiro, ficando novamente à mercê de um cenário internacional desfavorável.

O ordenamento que a Rússia busca é o multipolar, valorizando a posição geoestratégica russa na região, dando condição geopolítica para a área de influência do Pacto de Varsóvia, com saída para o Mediterrâneo, proximidade ao Atlântico, e a proximidade com a África – atual aliada em diversos países através de operações de guerra híbrida, irregular e assimétrica.

Facto: A guerra é uma proxy entre OTAN-EUA e Rússia, em que a Ucrânia é o teatro de operações de ‘power demonstration’ entre nações hegemônicas.

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