Israel Eleva a Guerra Híbrida a um Patamar Inédito

Israel elevou a guerra híbrida a um patamar ainda não visto anteriormente, a simbiose perfeita de diversas expressões que poderiam ser utilizadas no conflito foram exploradas no limite. Dentre todas as estratégias podem ser destacadas infiltração, inteligência de mercado, vantagem competitiva, guerra cibernética, mercado transnacional, inteligência de logística e mobilização, guerra eletrônica, sincronização de dados, GEOINT, OSINT, além da guerra irregular e guerra total.

Infiltração, Inteligência e Precisão Estratégica

De forma que infiltrar pessoal em outro país, em uma empresa de pagers, ter conhecimento do número de série que iria ser exportado ao Líbano, conhecimento técnico em explosivos, assim como sincronizar os dados com através de um VANT, burlando o espaço aéreo do país, tendo noção de espaço geográfico da distribuição dos pagers em relação a seus usuários, este ataque foi de uma precisão no que diz sobre inteligência estratégica acima do que era visto.

Explosões Coordenadas e Vítimas

Assim, o cenário operacional se fez através de:

Explosões coordenadas em que os pagers explodiram quase simultaneamente em diferentes localidades;

Um grande número de vítimas, entre mortos e feridos, os quais sobrecarregam o sistema de saúde;

O principal alvo do ataque foram membros do Hezbollah, que usam este tipo de comunicação, que tem maior dificuldade de rastreio de mensagens.

Escalada do Conflito e Retaliação

Como consequência, o ataque provocou uma escalada das tensões entre o Líbano e Israel, levando a uma escalada da retórica hostil entre os dois países.

Além disso, o Hezbollah, grupo alinhado ao Irã e principal alvo do ataque, inicia a retaliação contra Israel, escalonando o cenário tático para uma guerra assimétrica e total entre ambas nações e seus aliados.

Mobilização Militar e Aumento das Tensões Regionais

Tanto o Líbano quanto Israel mobilizaram suas forças armadas em preparação para um possível conflito de maior escala. Resultando, inclusive, na entrada do Irã no conflito.

Outra resposta é a propaganda e o fortalecimento do Hezbollah, que passa a ser consolidado como defensor da resistência na região.

Consequências Regionais e Internacionais

A crise gerada pelo ataque teve repercussões em toda a região do Oriente Médio, inclusive gerando terrorismo psicológico interno, e externamente com outros países da região se posicionando em relação ao conflito.

Dentre outras consequências também destaca-se o dano à infraestrutura, tanto nos serviços essenciais, como danos à arquitetura.

Repercussões a Longo Prazo: Guerra Cibernética e Segurança

A longo prazo, pode-se destacar que gera-se uma repercussão dentro dos protocolos de guerra cibernética, com aprimoramento das estruturas virtuais, governamentais e segurança em geral, como identificação de malwares, trojans e outros vírus que podem causar vazamento de informação.

Outro ponto importante a se destacar é consequência econômica, já sendo uma economia fragilizada, ainda enfraquece mais com menor quantidade de capital circulando, evasão de fronteiras e, consequentemente, o país pode colapsar a longo prazo.

Redefinição das Estratégias Militares

Decerto uma redefinição nas estratégias militares, tanto internas quanto externas. Internamente o Hezbollah vai criar uma forma de contrainteligência e resposta rápida, assim como Israel criará novas formas de inteligência estratégica, continuando a inovar a guerra.

Externamente os outros países vão entender que essa nova modalidade de conflitos pode ser um paradigma, e redefinirão as estratégias de defesa, linkando as diversas formas de coordenação deste ataque e criando estratégias de prevenção, detecção, ataque coordenado e uma possível resposta imediata.

Possível Expansão do Conflito

Outros países poderão entrar no conflito. Recentemente o Irã entrou no conflito contra Israel, e possivelmente a Síria teria interesse em se fortalecer na região. A Turquia também já demonstrou apoio aos seus aliados libaneses, o que pode escalonar uma ofensiva ocidental aliando-se a Israel e ampliando o raio de ação do conflito, assim como o fortalecimento de grupos extremistas, deste ambiente de instabilidade e incerteza, tais grupos aproveitam a oportunidade para ganhar força e influência na região.