Insegurança no metrô foi o alvo maior dos usuários do JC Trânsito
13/09/2015[wp_ad_camp_1]
Cento e um roubos e furtos em oito meses. Foi esse o número registrado no Metrô do Recife este ano, superando os 90 crimes registrados em todo o ano passado. E foi assim que a insegurança do transporte coletivo voltou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais do @jctransito semana passada. Fica a pergunta dos nossos seguidores: até quando?
Veja quais foram as principais reclamações:
- ASSALTO EM TRENS E ESTAÇÕES DO METRÔ
Além dos roubos, a insegurança sentida pelos usuários do metrô está relacionada a sucessivos casos de arrastões, brigas de torcidas organizadas, apedrejamento dos trens. Apesar disso, nem a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) nem a Secretaria de Defesa Social (SDS) têm prazo para combater os problemas de forma mais eficaz.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Polícia Militar afirmou que a responsabilidade pela segurança é da CBTU, conforme Lei Federal 6.149/74. Desde junho, porém, foi criado um esquema de segurança especial para dias de jogo. A operadora também solicitou um convênio para os dias comuns, mas ainda não obteve respostas da SDS. Até lá, continuaremos recebendo respostas como essa?
De acordo com a assessoria de imprensa da CBTU, a Companhia solicitará verbas do Ministério das Cidades para tentar contratar segurança terceirizada, mas ainda não tem números nem previsão se esses recursos serão mesmo liberados. A empresa prometeu também nomear, nas próximas semanas, 150 agentes de segurança aprovados em concurso realizado em 2013. O blog De Olho no Trânsito revelou que, de 2011 a 2014, enquanto o número de usuários cresceu 44%, o investimento em segurança caiu 31%.
2. INCERTEZA SOBRE O SISTEMA DE SEGURANÇA NOS ÔNIBUS
A conclusão do inquérito que apurou a morte da Camila Mirelle, 18 anos, arremessada de um ônibus em maio, revelou também um problema comum nesse modal: embora 70% dos veículos estejam equipados com o Anjo da Guarda, um sistema de segurança que impede a abertura das portas com o carro em movimento, não é possível saber quantos funcionam. A orientação é sempre ficar longe das portas, mas, com ônibus sempre lotados, às vezes fica difícil.
3. ACIDENTES EM TESTES PRÁTICOS NO DETRAN-PE
Só no pátio de testes da sede do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), na Zona Oeste do Recife, foram três acidentes envolvendo candidatos em menos de dois meses. Todos eles aconteceram na descida da rampa.
O Sindicato dos Servidores do Detran-PE já reivindicava que os carros usados nas provas tivessem duplo comando de freios, para ser usado por examinadores que acompanhariam as provas de dentro dos carros, o que é previsto pela resolução 168/2004 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Agora, o Detran-PE afirma que, dos 15 veículos que atendem o pátio, 12 têm duplo comando, mas apenas um pode ser usado. Isso porque os carros têm que passar por vistorias do próprio órgão e do Inmetro. Além disso, é aguardada a autorização para licitar uma nova empresa que prestará os serviços já com o equipamento e também com o sensor de presença para as bicicletas estáticas.
4. DEMISSÃO DOS AMARELINHOS
A crise chegou à mobilidade, uma das principais bandeiras de campanha do prefeito Geraldo Julio (PSB). E foi além, atingindo um dos projetos mais emblemáticos: o dos orientadores de trânsito, contratados para promover a conscientização e dar um suporte aos guardas. Essa semana, pelo menos 80 funcionários receberam o aviso prévio e serão demitidos em um mês. O número equivale a mais de 20% dos trabalhadores.
As opiniões estão divididas nas ruas e nas redes sociais, mas a maioria acredita que a demissão dos “amarelinhos” é injusta e que eles vão fazer falta na mobilidade do Recife.
5. BURACOS NA RUA DO ESPINHEIRO
Insatisfeitos com buracos e alagamentos na Rua do Espinheiro, moradores da via que fica na Zona Norte do Recife fizeram um protesto diferente: colocaram uma placa no cruzamento com a Rua Quarenta e Oito pedindo soluções à Prefeitura do Recife. O cartaz só ficou lá dois dias, mas a ideia gerou repercussão nas nossas redes sociais e os fez ser recebidos pela gestão municipal.
A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) afirmou que identificou a via como área crítica há dois anos. O projeto para recuperação do sistema de drenagem e pavimentação está sendo feito em três partes. As duas primeiras foram na Avenida João de Barros, o que custou R$ 1,7 milhão. A última será na Rua do Espinheiro, com orçamento de R$ 1,3 milhão. Segundo a Emlurb, será feita a implantação de tubos e a construção de caixas de passagem de água e poços de visita. O problema é que não foi informado quando isso sairá do papel.
Fonte: NE10
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