Controle de Acesso e a Evasão nas Universidades

Controle de Acesso e a Evasão nas Universidades

07/01/2015 0 Por Teanes Silva

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Este artigo tem a pretensão de recomendar uma proposta de solução para minimizar a evasão universitária.

No contexto atual, o Brasil registrou 7.305.977 milhões de estudantes matriculados em instituições de ensino superior. Somando-se os estudantes de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), são 7.526.681 matriculados. É o que mostra o Censo da Educação Superior 2013, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os dados confirmam a tendência de crescimento no número de estudantes, instituições e docentes nesta etapa de ensino. Em 2013, houve aumento de 3,8% em relação a 2012 na quantidade de estudantes inscritos no ensino superior, sendo 1,9% na rede pública e 4,5% na rede privada.

Entre os alunos de graduação, 5.373.450 – aproximadamente 71,4% – estão vinculados a instituições de ensino superior privadas. Dentre os estados brasileiros, cinco têm mais alunos matriculados em instituições públicas do que em instituições privadas: Santa Catarina, Paraíba, Tocantins, Pará e Roraima. Em São Paulo, há cinco matriculados na rede privada para cada aluno na rede pública.

São 2.391 mil instituições de ensino superior que oferecem mais de 32 mil cursos de graduação. Os universitários estão distribuídos em 32 mil cursos de graduação, oferecidos por 2,4 mil instituições de ensino superior – 301 públicas e 2 mil particulares. As universidades são responsáveis por 53,4% das matrículas, enquanto as faculdades concentram 29,2%.

O total de alunos que ingressaram no ensino superior em 2013 permaneceu estável em relação ao ano anterior e chegou a 2,7 milhões. Considerando-se o período 2003-2013, o número de ingressantes em cursos de graduação aumentou 76,4%.

 

de 2010 para 2011, praticamente um milhão de alunos não renovaram as matrículas – taxa equivalente a 18%. Dos 5.398.637 graduandos, 4.392.994 efetivaram a matrícula para o ano seguinte.

Por outro lado, levantamento baseado em números divulgados pelo MEC revela que, de 2010 para 2011, praticamente um milhão de alunos não renovaram as matrículas – taxa equivalente a 18%. Dos 5.398.637 graduandos, 4.392.994 efetivaram a matrícula para o ano seguinte.

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Ainda de acordo com o Censo de 2013, a queda no número de formandos foi puxada, principalmente, pela rede privada. Em 2012, 812.867 estudantes se formaram em faculdades particulares. Em 2013, eles foram 761.732. Ou seja, uma redução de 6,7%. Já a rede pública, que em 2012 registrou 237.546 concluintes, formou 229.278 novos profissionais em 2013. Um recuo de 3,5%.

Essa queda do número de concluintes ocorreu apesar do acréscimo de 3,8% no total de alunos matriculados em cursos de graduação em 2013. Na comparação com 2012, a quantidade de matrículas subiu de 7.037.688 para 7.305.977.
Os dados sobre evasão não são claramente revelados, individualmente, pelas instituições, contudo, sabe-se que este é um problema real, haja vista, que as IES têm verbas para marketing de prospecção, mas, no geral, não tem provisão financeira para pesquisas e atuações na retenção.

Os motivos para evasão são vários, como apresentados a seguir:
1.    O desconhecimento sobre o curso escolhido,
2.    A falta de motivação e de interesse,
3.    A falta de maturidade para a escolha da área profissional,
4.    Defasagem de conhecimento herdada no ensino médio,
5.    Incompatibilidade de tempo para estudo/família/trabalho,
6.    Dificuldades financeiras,
7.    Estranhamento na adaptação à metodologia do universo acadêmico,
8.    Além da rigidez curricular e a formação docente nos aspectos práticos e pedagógicos, entre tantos outros.
Embora a lista seja grande, não é possível estabelecer, sem um estudo mais detalhados, as verdadeiras causas e riscos.
É nessa linha, que pretendo sugerir a utilização do CA – controle de acesso, utilizado no dia a dia, concomitante com o Big Data – Muitos Dados – para contribuir estrategicamente na PP- Prevenção de Perdas, ou seja, se antecipar na identificação de futuros desistentes dos cursos universitários.

 

os alunos para acessarem as IES, utilizam de um cartão de acesso, passando por catracas, conectadas ao software, que geram muitos dados, arquivados em computadores ou servidores de redes

Diariamente, os alunos para acessarem as IES, utilizam de um cartão de acesso, passando por catracas, conectadas ao software, que geram muitos dados, arquivados em computadores ou servidores de redes, sendo que esses dados podem ser convertidos em informações estratégicas para a alta gestão.

Como objetivos do CA, nessa linha de proposta, podemos citar:

1)    Criar um Perímetro de Controle – Barreiras físicas ou Virtuais;
2)    Estabelecer Critérios de verificação – Pessoas, Veículos e Materiais Autorizados;
3)    Garantir que somente terão acesso ao Perímetro de Controle pessoas e/ou objetos controlados;
4)    Registrar os eventos,
5)    Emitir Relatórios,
6)    Plano de Ações Corretivas e Preditivas,
7)    Armazenar os eventos por período prolongado,
8)    Auditoria e Investigações,
9)    Definir Tipo de Mídia,
10)    Permitir auditoria dos eventos,
11)    Evitar Fraudes, entre outros.

Também é relevante apresentar o Conceito de Prevenção de Perdas – como sendo o “controle e prevenção total sobre quaisquer tipos de danos/prejuízos ao negócio”.

Dessa forma é inevitável esclarecer o Conceito sobre BIG DATA – como sendo o “ conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade e velocidade”. Na prática, a tecnologia permite analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real, sendo fundamental para a tomada de decisões.

Diante disso, rastrear os alunos dentro da IES, será uma maneira primária para compreensão do comportamento de consumo e consequentemente atuar preventivamente na mitigação dos riscos de evasão e controle de permanência e por consequência desenvolver formas atrativas de retenção.

Tecnicamente os discentes consomem produtos da biblioteca, virtual e física, áreas de informática, lanchonetes, apetrechos das copiadoras, colação de grau, entre outros setores.

Daí é necessário cruzar os dados, gerando gráficos, indicadores, prescindido de ações e pesquisas de base, tais como:

1)    Mapear o tempo de permanência médio, na IES, pelo discente, que abandona o curso, de forma a estabelecer o ponto de equilíbrio ou caminho crítico;
2)    No desligamento, fazer entrevistas com o aluno a fim de entender os motivos, causas e mapeá-los, com objetivo de desenvolver estratégias para antecipação com soluções amigáveis;
3)    Verificar quanto tempo ele permanece na biblioteca, se antes ou durante do curso, que livros pega emprestado e se estão relacionados ao curso, bem como a pontualidadena devolução;
4)    Tempo de permanência na área de restaurantes, se o aluno frequenta antes do curso ou durante, confrontando com retorno às aulas pós-intervalo;
5)    Relacionar quanto estão trabalhando e se atuam nas áreas do curso escolhido;
6)    Acompanhar quantos alunos são promovidos em seus trabalhos por conta do curso;
7)    Identificar a empregabilidade, isto é, depois de formados, quantos foram contratos pelo mercado;
8)    Lista de presença em sala, por aula;
9)    Acesso à rede WI FI;
10)    Horário de chegada, se na primeira, segunda ou terceira aula;
11)    Horário de saída se na primeira, segunda ou terceira aula;
12)    Idade média dos discentes; se tem filhos, se são casados, se moram perto e trabalham perto da IES, entre tantas outras informações, armazenadas no BIG DATA, desde o cadastro do aluno para vestibular até o primeiro acesso na cancela do estacionamento ou catraca, entre muitas combinações.

Geralmente as pesquisas revelam alguns dados, que tabulados criteriosamente, definirão o perfil do futuro egresso, tais como as possibilidades citadas a seguir:

a)    O discente não loca mais livros;
b)    Devolve os livros com muito atraso;
c)    Devolve os livros antecipadamente;
d)    Ele entra na IES, porém não vai à sala de aula;
e)    Quando entra na sala, não assiste às aulas;
f)    Geralmente chega atrasado;
g)    Geralmente sai mais cedo;
h)    Passa muito tempo na área de alimentação;
i)    Fica muito tempo navegando, inclusive nos horários de aula;
j)    As possibilidades são muitas e variadas.

A correlação de todos os dados, transformados em informações, geram indicadores que pode direcionar a alta gestão, na definição de planos de acompanhamento do aluno, visando à minimização da evasão, contribuindo assim com a prevenção de perdas e/ou recuperação das perdas da IES.

 

Vale lembrar que um curso tem um custo baseado em despesas fixas e variáveis, portanto, define-se com estas informações, o mínimo de alunos por turma.

Vale lembrar que um curso tem um custo baseado em despesas fixas e variáveis, portanto, define-se com estas informações, o mínimo de alunos por turma. Se lá na frente, essa turma é reduzida sensivelmente, o custo subirá, baixando ou negativando a lucratividade, comprometendo a saúde financeira da universidade.

Dessa forma, é incoerente a falta de ações, com tantos dados dentro dos bancos de dados das universidades, gerados por tecnologias ativas e passivas, independente da geração em que se encontra, ou seja, não é necessário ter tecnologia de ponta para atuar.

Concluísse-se que a busca pela qualidade no ensino, certamente será possível quando os alunos forem vistos com clientes, que tem necessidades e expectativas a serem atendidas e no melhor dos mundos, superadas.

Portanto, aprofundar as pesquisas, buscando os reais motivos e inter-relacionar as ferramentas de gestão, baseadas em metas estratégicas, oriundas do planejamento estratégico corporativo, e ainda, apoiadas nas tecnologias, seja física e/ou lógica, para o fim comum, que é potencializar a rentabilidade do negócio, serão viáveis para gerar novas demandas por antecipação, especialmente nos cursos presenciais das IES.

 

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