Comando e Controle em Inteligência Empresarial

Comando e Controle em Inteligência Empresarial

04/11/2019 0 Por Bernardo Guerra Lobão

Baseado em doutrina e modus operandi de grupos de Comandos, e adaptando a rotina administrativa às técnicas de Operações Psicológicas – PsyOps – no cenário empresarial, a capacidade de grupos que atuam no cenário híbrido trazem novas formas de ação para um cenário mutável e inconstante, baseado nas perspectivas políticas, sociais, tecnológicas e econômicas, buscando adaptarem e atingir melhor seus objetivos.

O meio é impulsionar o cenário geo-estratégico de operação, buscando atingir o espectador com novas formas de propaganda, utilizando de meios de comunicação formais e informais, e rompendo um paradigma anterior de empresas, previamente líderes. Exemplo disso é a competição com os fast food. Durante um momento, determinada rede era a líder de mercado, porém na primeira década do século XXI, novas marcas entraram no mercado e levando uma forma de competição. Após esta quebra de paradigmas, houve nova demanda dos consumidores, gerando inclusive novas cadeias de comida rápida, que atuam via aplicativos, móveis, fugindo do paradigma anterior de uma marca dominando o mercado.

Com essa competição, o objetivo da empresa é atacar a fraqueza do concorrente. Observar o ponto fraco da concorrência e promover propaganda nesse ponto. Muitas empresas fracassaram porque tiveram dificuldade em adaptar sua doutrina às novas demandas do mercado; esse ponto tornou-se o calcanhar de Aquiles e diversas empresas não conseguiram se manter no mercado.

Com a pulverização dos atores no cenário, existe a concorrência total, em que todas buscam o monopólio do produto, em que redes com maior capacidade financeira e de propaganda competem com pequenos e novos concorrentes, com capacidade de oferecer velocidade e qualidade, porém de capacidade limitada. Esta é a lógica do cenário híbrido das competições das empresas, em um cenário complexo e dinâmico, em que novos atores aparecem e somem todos os dias, buscando novos canais de oferta e demanda continuamente.

Inteligência empresarial

 

Essa competição elevou as pequenas empresas locais a criarem seus próprios modelos de fast food e colocarem o desafio de grandes empresas em um novo nível estratégico. A identificação de novas oportunidades e novos atores, antecipando suas ações e dando novas possibilidades de produtos aos demandantes.

A logística dos atores envolvidos é um ponto chave. Deve-se ter uma conexão entre eles. A cadeia logística é importante para manter toda a funcionalidade das empresas e fazer uma conexão com a informação dinâmica, aumenta sua chance de sucesso. A capacidade de usar uma filial para se comunicar com a sede, e esta ter capacidade de usar suas outras filiais para que sua cadeia logística possa atender toda a demanda, baseado em proximidade e velocidade, faz com que determinadas empresas saiam na frente.

A área farmacêutica tem essa especificidade de cadeia logística. Ao consumir um produto, qualquer franquia pode atender os consumidores, pois a rede de farmácia atua com a informação e cadeia de comando e controle.

Outro modelo que mudou o paradigma de atuação, criando nova cadeia de comando e controle, e operações com capacidade de atender um público demandante, é o de academias e estética. A franquia de academias mudou o paradigma anterior, cujo modelo de inscrição de usuários era pontual, fazendo com que os consumidores do serviço tenham acesso a qualquer loja da franquia, dispondo o seu registro ativo em qualquer uma.

As academias funcionam como uma rede a qual o consumidor pode exercitar-se em qualquer lugar em que esteja, possuindo um registro no sistema de dados não apenas onde o consumidor se inscreveu, mas numa rede interna de sistema. Após este modelo ter se popularizado, novas marcas promoveram este modelo de sistema de intranet e de logística, atendendo melhor seus consumidores e cativando sempre novos alunos.

Baseado nesta doutrina volátil, sempre mutável, as operações especiais e de inteligência trabalham um modelo sempre se adaptando a novas realidades, sem que esta seja algo impactante. As forças especiais têm uma rotina de treinamento constante, simulando situações reais de problemas, ataques surpresa e mnemônicos, condicionando a equipe a uma resposta rápida e capacidade rápida de atender aos problemas e demandas dos consumidores, minimizando o tempo de resposta. Esta adaptação ao meio corporativo faz com que este tempo de resposta otimize o tempo em relação a demanda e cria novas parcerias e retenção de clientes.

Para atuar sempre com alta capacidade, a motivação da equipe também é essencial, em que promove uma equipe sob uma liderança, que tem um grupo de outras lideranças acima de outro líder e, portanto, segue hierarquicamente até sua cúpula estratégica. O objetivo é motivar os que estão diante da operação o tempo todo, ouvindo os fatos e adotando seus conhecimentos em campo. Aumentando a moral da equipe, a possibilidade de sucesso é maior ou garantida com certeza. Quem está de frente da operação é que tem maior capacidade de saber quais decisões podem ser tomadas. A cúpula estratégica tem que ter capacidade de adaptar seus conhecimentos ao cenário descrito.

Essa prática vale para a cadeia de comando e controle e uma equipe de Comando.

A essência das forças especiais não é natural de, a essência é são criada. Estes homens são doutrinados. Eles podem mudar de ideia com os novos paradigmas das demandas sociais e adaptarem-se às novas tecnologias. A motivação é essencial para isso.

Ações que demandam ser impossíveis são dadas a eles, e estes criam formas de ação, baseado em suas capacidades, observando as oportunidades do cenário e compartilhando uma visão clara dos objetivos, facilmente tolerando os cenários mais incomuns e situações mais bizarras que podem ser lacunas a habilidades comuns.

Não existe regra real ou pensamento clássico. Novas equipes incentivam a inovação e uma liderança inovadora também, alerta para as mudanças – mudanças constantes – de cenários para lados opostos do modo como as empresas costumavam fazer no passado. Os desmandos são tão dinâmicos quanto as doutrinas, os comportamentos sociais e os demandantes são voláteis. Portanto, boas equipes devem estar onde estão as ações. Líderes lideram de frente, a frente de suas equipes, seja na batalha ou nos negócios, os líderes compartilham o risco. Essa é a diferença de um líder que conhece o caos e o antigo líder de modelo que se recusa a operar em cenários caóticos e mantém o controle total.

O Caos pode ser sedutor, pois o descontrole mostra a zona de conforto que muitos gostariam de estar. Já o controle, embora traga uma segurança, pode ser – muitas vezes – obnóxio, pois a rotina pode trazer limitações.

 

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A liderança Caórdica exige a capacidade de trabalhar em diversos cenários, tem a capacidade de operar em diversos cenários caóticos, como nos diferentes cenários de controle possíveis. Através da disciplina e a liderança se faz e, também, a equipe deve se conhecer e trabalhar sua auto-disciplina.

O viés da comunicação pode criar brechas e estimular a preguiça nos processos da empresa. Portanto, a comunicação deve ser clara, reduzindo as lacunas e os possíveis desacordos. A voz de comando deve ser direta, especialmente direcionada à equipe, não usar diferentes canais que possam colocar em dúvida as ações a serem tomadas. Tomadas de decisão bem feitas são feitas pessoalmente.

O estágio dos comandos é trabalhar organizado-se no curso de ação certo e eles mantêm o trabalho até que o este seja finalizado. Que cada parte da equipe é responsável por uma ação específica, coordenando a eles todo o organismo que trabalha. Atingir alvos específicos e objetivos é fundamental para o sucesso.

A visão do líder deve inspirar outras pessoas a seguir seu caminho. Os líderes dão crédito total, mas aceitam toda a culpa. Os líderes delegam autoridade, embora não responsabilidades. O objetivo é contemplado quando a equipe está completamente focada no objetivo. Portanto, os líderes devem assumir o comando, dominar a situação e estabelecer objetivos no início do jogo. A comunicação, delegação de ordens, agir de forma decisiva e seguir seus instintos – baseado nos treinamentos constantes e mnemônicos – a serem seguidos vêm após a primeira decisão tomada, a partir do momento em que a equipe aceitou o trabalho ou missão.

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