Ranking das Cidades com Maior Taxa de Roubo de Celulares no Brasil: Impactos e Consequências

Ranking das Cidades com Maior Taxa de Roubo de Celulares no Brasil: Impactos e Consequências

01/06/2025 0 Por FolhadaSegurança




Cidades com mais roubos de celular. O roubo e furto de celulares têm se consolidado como uma das maiores preocupações em termos de segurança pública no Brasil. A crescente demanda por smartphones de alto valor, especialmente de marcas como Samsung, Apple e Motorola, tem tornado esses dispositivos alvos fáceis para criminosos. Dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2024) apontam que as taxas de roubo e furto de celulares estão em níveis alarmantes em diversas cidades do país, com algumas apresentando índices extremamente elevados por 100 mil habitantes.

Este artigo visa analisar as cidades brasileiras com as maiores taxas de roubo e furto de celulares, identificar as principais motivações que impulsionam esse tipo de crime, e explorar as consequências sociais e econômicas dessa violência. Também discutiremos o destino dos celulares roubados e a forma como o sistema de justiça brasileiro lida com os infratores. Acompanhe ainda o ranking das cidades com as maiores taxas de roubos e furtos de celulares no Brasil.

Cidades com mais roubos de celular por 100 Mil Habitantes

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2024), as cidades brasileiras com as maiores taxas de roubo e furto de celular são as seguintes:

RankingMunicípioEstadoTaxa (por 100 mil habitantes)
1ManausAM2.096,3
2TeresinaPI1.866,0
3São PauloSP1.781,6
4SalvadorBA1.716,6
5Lauro de FreitasBA1.695,8

Esses números demonstram a gravidade do problema em algumas das maiores cidades do Brasil. Manaus, por exemplo, tem uma taxa impressionante de 2.096,3 roubos e furtos de celulares por 100 mil habitantes, o que coloca a cidade no topo desse triste ranking. Já São Paulo, a maior cidade do país, também apresenta uma taxa alta de 1.781,6, afetando diretamente sua população.

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Por Que o Celular É um Alvo Tão Atrativo para os Criminosos?

O alto índice de roubos e furtos de celulares no Brasil pode ser atribuído a vários fatores. O celular, especialmente modelos das marcas mais populares como Samsung, Apple e Motorola, é um bem extremamente desejado devido à sua portabilidade e ao elevado valor de revenda. Sua facilidade de transporte torna-o um alvo fácil para os criminosos, que o veem como uma maneira rápida e lucrativa de ganhar dinheiro, seja vendendo o aparelho inteiro ou desmanchando-o para revender suas peças.

Entretanto, um aspecto frequentemente negligenciado é o papel dos receptadores, ou seja, aqueles que compram os aparelhos roubados. A demanda por celulares a preços baixos, muitas vezes sem nota fiscal ou garantia de procedência, alimenta esse ciclo criminoso. Em muitos casos, os compradores sabem ou desconfiam da origem ilícita dos dispositivos, mas a tentação de adquirir produtos mais baratos prevalece. E aí surge uma questão importante: os compradores desses aparelhos também são cúmplices? A revenda de celulares roubados se torna, assim, uma prática lucrativa, perpetuando o crime e tornando difícil interromper esse ciclo.

Além disso, muitos celulares armazenam informações pessoais valiosas, como dados bancários, fotos íntimas e contatos, o que aumenta ainda mais os riscos para as vítimas. A facilidade com que esses aparelhos são revendidos em mercados paralelos – tanto localmente quanto no exterior – fortalece ainda mais a demanda e, consequentemente, intensifica a ocorrência de roubos e furtos..

Para Onde Vão os Celulares Roubados?

Após o roubo ou furto, os celulares raramente permanecem com os criminosos por muito tempo. Em muitos casos, os aparelhos são rapidamente “limpos”, ou seja, têm seus dados apagados, contas de usuário desvinculadas e, principalmente, seus códigos de identificação (IMEI) adulterados ou substituídos. Essa prática visa dificultar o rastreamento e a identificação dos dispositivos pelas autoridades ou pelas vítimas.

Alguns aparelhos são imediatamente desmanchados para que suas peças — como telas, baterias, placas e câmeras — sejam revendidas individualmente em mercados paralelos, especialmente para lojas de conserto que não exigem comprovação de procedência. Esse tipo de reutilização é lucrativo e praticamente impossível de rastrear.

Outro destino comum é o mercado clandestino, onde os celulares são revendidos a preços abaixo do mercado, geralmente sem nota fiscal e com alto risco de origem criminosa. A revenda pode acontecer por meio de comércios informais, bancas em feiras, anúncios em redes sociais ou plataformas digitais que não realizam verificação da origem dos produtos.

Mais alarmante ainda é a exportação ilegal desses dispositivos. Muitos celulares roubados são enviados para fora do país, especialmente para regiões da África, Ásia e América Latina, onde há grande demanda por aparelhos seminovos a preços acessíveis — e onde os sistemas de rastreamento e controle de IMEI são menos rigorosos. Nessas regiões, os celulares circulam livremente, dificultando ainda mais qualquer tentativa de recuperação.

Dessa forma, os celulares roubados entram em uma cadeia complexa e lucrativa de receptação e redistribuição, alimentando um mercado paralelo que opera à margem da lei, mas com enorme capilaridade e demanda constante. Enquanto houver compradores dispostos a ignorar a procedência dos produtos, o ciclo do roubo continuará ativo e difícil de ser interrompido.

O Impacto Social e as Consequências para as Vítimas

Cidades com mais roubos de celular. O impacto do roubo e furto de celulares vai além da perda material do aparelho. As vítimas muitas vezes enfrentam momentos de tensão, violência e até risco de morte durante a abordagem dos criminosos. Em muitos casos, os ladrões não hesitam em usar violência para tomar o celular, resultando em agressões físicas graves ou, em situações extremas, em homicídios.

Como a Justiça Brasileira Trata Esses Crimes?

A justiça brasileira enfrenta desafios significativos ao lidar com os crimes de roubo e furto de celulares. Em muitos casos, os criminosos são capturados, mas as dificuldades no processo de rastreamento dos aparelhos roubados tornam a recuperação difícil. A morosidade do sistema judiciário e a alta demanda por processos criminais dificultam o andamento rápido das investigações.

Cidades com mais roubos de celular

Além disso, muitos infratores são condenados a penas brandas, o que contribui para a reincidência do crime. A falta de uma resposta mais eficaz da justiça pode desmotivar a população e as autoridades, criando um ciclo vicioso de violência e impunidade.

Cidades com mais roubos de celular: O Que os Ladrões Fazem com os Celulares Roubados?

O roubo e a revenda de celulares não são crimes isolados — fazem parte de uma engrenagem muito maior, que movimenta milhões de reais todos os anos no Brasil. O lucro obtido com a venda de aparelhos roubados pode ser significativo, especialmente quando se trata de modelos mais recentes e de marcas populares, como Apple, Samsung e Motorola. Quanto maior o valor de mercado do aparelho, maior a recompensa para o criminoso.

Esses lucros, no entanto, raramente são reinvestidos em algo lícito. Em muitos casos, o dinheiro é usado para financiar outras atividades criminosas, como o tráfico de drogas, a aquisição de armas ilegais e a manutenção de estruturas ligadas a facções criminosas. Trata-se de um ciclo perverso, no qual um crime aparentemente simples — o furto ou roubo de um celular — serve como combustível para o fortalecimento do crime organizado.

Há também o aspecto da ostentação. Parte do dinheiro é gasta com consumo imediato: festas, bebidas alcoólicas, drogas e produtos de luxo. Essa exibição de poder e riqueza, mesmo que passageira, tem impacto direto na atração de novos jovens para o mundo do crime, reforçando uma cultura de impunidade e glamourização da vida criminosa.

Além dos danos materiais, é fundamental lembrar o impacto humano: vítimas que, muitas vezes, são agredidas ou até mesmo assassinadas durante os roubos, além de enfrentarem o trauma psicológico e o sentimento de insegurança constante. A violência pelo celular vai muito além da perda do bem físico — ela fere o direito de ir e vir e a sensação de liberdade do cidadão comum.

Conclusão

O roubo e furto de celulares no Brasil extrapola a esfera da criminalidade comum e se insere em uma engrenagem mais ampla e organizada, que alimenta mercados paralelos, fortalece facções criminosas e compromete diretamente a segurança pública. Com taxas alarmantes em diversas cidades, essa modalidade criminosa se sustenta não apenas pela facilidade de execução e alto valor de revenda dos aparelhos, mas também pela conivência — muitas vezes silenciosa — de parte da sociedade que consome produtos de origem duvidosa.

Além da perda material, as vítimas enfrentam traumas psicológicos, risco de violência física e um sentimento crescente de insegurança. A impunidade recorrente, a baixa recuperação dos aparelhos e as penas brandas contribuem para a reincidência e perpetuação desse ciclo criminoso.

Portanto, combater o roubo de celulares exige uma abordagem integrada: endurecimento das penas para infratores e receptadores, fiscalização mais rigorosa dos canais de revenda, campanhas de conscientização sobre os riscos da compra de produtos sem procedência e investimentos em tecnologia para rastreamento e bloqueio dos dispositivos. Apenas com ações coordenadas entre o poder público, setor privado e sociedade civil será possível enfraquecer esse mercado ilícito e resgatar o direito básico de segurança e mobilidade para a população.

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