Brasil tem 11 cidades em ranking de ONG com as 50 mais violentas do mundo

21/04/2021 0 Por Editorial Folha da Segurança

O Nordeste é a região que tem o maior número de cidades, das 11 cidades brasileiras

O Brasil foi um dos países com o maior número de cidades entre as 50 mais violentas do mundo em 2020, segundo a lista divulgada nesta terça-feira (20/04) pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal. O país possui 11 municípios no ranking. A cidade mais violenta do mundo é mexicana.

“Em 2019, os homicídios no Brasil caíram 19% e certamente aumentaram 5% em 2020, mas a tendência geral continua sendo de queda na violência”.

Das 50 cidades da lista, 11 estão no Brasil, destas 10 estão no nordeste, sendo que Feira de Santana, Bahia, é a 9º cidade mais violenta do mundo em 2020.

A lista inclui ainda Feira de Santana (9º), Fortaleza (12º), Mossoró (13º), Vitória da Conquista (20ª), Salvador (28º), Rio Branco (33º), Maceió (36º), Recife (37º), Caruaru (42º), Natal (46º) e Teresina (48º).

Em 2020, das 10 cidades mais violentas do mundo, 7 são mexicanas: Celaya (região metropolitana), Tijuana (região metropolitana), Juárez, Ciudad Obregón, Irapuato (região metropolitana), Ensenada e Uruapan.

O México é o país com o maior número de cidades violentas: 18 em 50.

Ainda segundo a ONG mexicana, em 2019, 6 cidades brasileiras saíram do ranking. Em 2018 eram 14. “Esta é uma conquista notável sob o novo governo, que também é intransigente com os criminosos e impiedosamente faz cumprir a lei”, citou a ONG.

A lista da ONG é baseada no número de homicídios por 100 mil habitantes e analisa municípios com mais de 300 mil habitantes.

De acordo a ONG Mexicana, a fonte de informações e cálculos para o levantamento das cidades brasileiras, foram extraídos da base de dados “ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2020” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados sobre homicídios foram extraídos de fontes oficiais, dos órgãos de segurança pública das respectivas unidades federativas. Em alguns casos, foram utilizados dados do Ministério da Justiça, que publica em seu site para todos os municípios do país.

A ONG ressalta que a classificação não é 100% precisa, pois precisaria de vários anos para um estudo totalmente apurado. Além disso, existem algumas dificuldades de transparências nos governos de alguns países.